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  • Foto do escritorGustavo Figueirêdo, psicólogo clínico

Tu és?

Acredito que, através do senso comum e político (risos), já ouviste falar de pessoas com características interesseiras. O que seria isto? De várias definições que a palavra interesseira poderá nos oferecer, uma delas é: “Que se comporta de acordo com suas próprias vontades; que possui como objetivo atender seus próprios interesses.”.

Certa vez, caminhando num parque da cidade, escutei quando uma senhora disse que não iria votar num determinado político, porque sua conta de energia estava dando muito alta. Será que devemos escolher os gestores públicos com esse fim? Ou para atender as necessidades da sociedade, ou coletiva?

Segundo, Dr. Lyle H. Rossiter, médico psiquiatra e forense, norte-americano, discorre no seu livro – A mente esquerdista: As causas psicológicas da loucura política – “A busca da auto-realização através do trabalho numa sociedade livre quase sempre resulta em benefícios para os outros, uma vez que os esforços de alguém para gratificar a si mesmo pessoalmente ou financeiramente resultam em bens e serviços que também gratificam seus clientes. Nos locais onde o Estado protege a liberdade individual em geral e os mercados livres em particular, o auto-interesse e o interesse nos outros estão unidos.”.


Ainda de acordo com Dr. Rossiter, quando as questões sociais, políticas e econômicas não estão equalizadas com os anseios da sociedade; o caos passa tomar conta. Não obstante, parece-me que, esse (o caos), habita no Brasil há bastante tempo. Haja vista, demonstrado por vários segmentos: educacional, social,..., na saúde. Esta última, por exemplo, representada por estruturas hospitalares necroterizadas; sem condições adequadas de trabalho; superlotação, onde pacientes ficam abarrotados nos corredores; assim como tantas outras deficiências.


Certa feita chegou ao meu conhecimento que, a média de espera, para iniciar um processo psicoterapêutico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) era de dois anos. Ou seja, demanda grande inversamente proporcional, certamente, à quantidade de profissionais disponíveis. Será que essa demanda está atrelada aos desequilíbrios dos anseios da sociedade no tocante administração pública: social – política - econômica? Possivelmente!!!


Particularmente, não me vejo digno de proclamar: Viva o SUS! E sim, viva aos servidores do SUS. Desde nível fundamental ao superior. Não distante, no auge da pandemia da covid; trabalhadores da saúde, doando e arriscando suas vidas, para salvar vidas. Em várias situações, em condições precárias. Recordo daqueles que prestaram seus serviços nos drive-thru’s, por mais protegidos que estivessem de máscaras; mas, ali, diurnamente, estavam convivendo com o CO2 produzido pela combustão dos motores automobilísticos. Não é por acaso, a frequência da síndrome de burnout – doença do trabalhador – pelos profissionais da saúde pública.

Vale ressaltar, também, as excelentes escolas de saúde públicas, reconhecidas, nacional e internacionalmente, que o Brasil oferece. A Fiocruz é uma delas. Mas, ainda assim, não me vejo digno de proclamar: Viva o SUS! E sim, viva aos profissionais que se formam pela Fiocruz. O – sistema – palavrinha demonstrada na expressão: Sistema Único de Saúde; em muitas situações, não se encontra mais nem na UTI; e sim, no necrotério. Por que será? Será que é porque é mal adminis$$$$$?


Por fim; caro leitor, eleitor – e por que não!? – políticos; eis a questão! Tu és uma pessoa interesseira?

A pandemia do rompimento
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