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Foto do escritorGustavo Figueirêdo, psicólogo clínico

Vigilante

Atualizado: 4 de jan.

Umas das definições que a palavra vigilante quer dizer é: “que vigia, vela, permanece atento; cuidadoso, cauteloso, precavido, zeloso, diligente.”. Isso! “...permanece atento; cuidadoso, cauteloso, precavido, zeloso...”. A definição da palavra vigilante poderá ser proclamada, também, por vários campos; inclusive o teológico. Assim como discorrido na Sagrada Escritura: “Sabei que se ... soubesse em que hora da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa.”. (Mt. 24,43) Ora! Metaforicamente, interpretemos a palavra, casa, como sendo o nosso ser, a nossa pessoa, ou a nossa constituição humana. Ou seja, estejamos vigilantes com nós mesmos.


Qual a razão de falar sobre vigilância? Simples! Chegou janeiro. E é neste mês que é realizada a Campanha de Conscientização sobre Saúde Mental – Janeiro Branco. Este ano, dois mil e vinte e quatro, com o tema: Saúde mental enquanto há tempo! O que fazer, agora? Será que sabemos? Bem! Enquanto profissional, agora, estou confeccionando um artigo a respeito. E você?


Eu tive o privilegio de adquirir o livro do idealizador da campanha, Leonardo Abrahão, e Presidente do Instituto Janeiro Branco. Um ícone da saúde mental no Brasil. No seu livro – Saúde mental enquanto há tempo!: boas práticas em saúde mental em qualquer lugar e o tempo todo – o colega explana que: “... este livro serve a profissionais da Saúde Mental, como psicólogas, psicólogos e psiquiatras, mas não somente. Atende, também, ao desejo de conhecimento por parte de todos os públicos interessados nos temas ‘Saúde Mental’, ‘qualidade de vida’, ‘bem-estar emocional’, ‘orientações psicológicas para o bem-viver’ e ‘sociedade saudável’”.

 

Ora! Percebemos que o Léo, carinhosamente como é conhecido, fala em “Saúde Mental”, e não em doença mental; fala em “qualidade de vida”, e não em defeito de vida; fala em “bem-estar emocional”, e não em mal-estar emocional; fala em “orientações psicológicas para o bem-viver”, e não em orientações psicológicas para viver mal; e fala em “sociedade saudável”, e não em sociedade doente.


Certamente, agora, iremos compreender melhor, o motivo da palavra vigilante, para o contexto do Janeiro Branco. Você tem se vigiado para buscar o que o Léo ecoa? Recordo em certa feita, quando numa entrevista de rádio, o entrevistador me indagou sobre como adquirir saúde mental e ter uma qualidade de vida saudável. Percebi que passei alguns minutos para responder adequadamente. Você sabe por quê? Porque vivemos num mundo tão estimulado por situações tóxicas que, muitas vezes, temos dificuldades de viver a nossa saúde mental como deve ser vivida. Esses estímulos (guerras, violências urbanas e no campo, brigas parentais, ...) são ingredientes que não permitamos aspirar à vida como deve ser aspirada. Ou seja, possivelmente, só consigamos passar a ter uma qualidade de vida melhor; caso, permitamo-nos estar vigilante conosco. Prestando atenção e estando com o nosso ser. Vigiai-nos!!!


É! Essas intoxicações nos fazem adquirir o adoecimento do corpo e da mente. Conhecidas como as doenças psicossomáticas. Mas, hoje em dia, o que está muito em foco, também, são os adoecimentos: do caráter e da alma. Conhecida como: pneumopatologia. Vigiai-nos para não desfrutarmos do mau-caratismo.


Por fim, caro leitor, eis a questão! Você vem permanecendo atento, cuidadoso, cauteloso, precavido, zeloso; com você mesmo? Como anda a sua casa (o seu ser)? Vigiai-nos!!!

A pandemia do rompimento
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