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Foto do escritorGustavo Figueirêdo, psicólogo clínico

e-con/viver

Sabemos que, cada vez mais, estamos inseridos no mundo tecnológico. A tecnologia veio para ficar. O problema é - como eu e você estamos convivendo com ela? A vida virtual vem descrevendo a realidade humana. Não obstante as mensagens são eletrônicas (e-mails); os livros vêm se tornando eletrônicos (e-books); as compras realizadas, por muitos, virtualmente (e-commerces); assim como tantas outras vivências por automação.


O e (eletronic) é o símbolo do manuseio eletrônico. A geração atual; Geração Alpha, são as que nasceram de dois mil e dez para cá (para alguns teóricos); é bem familiarizada com essas nomenclaturas. No entanto, o mundo virtual, é o meio por onde esse público interage. Haja vista, em se tratando de interação ou convivência, as gerações pretéritas acabam se tornando integrantes, também, desta nova realidade. Seja para trabalhar, para se comunicar (pelas redes sociais), ou para outros fins.


O destaque é que a juventude vem inserida numa abordagem gamificada. O aprendizado passa ser realizado através dos games ou jogos eletrônicos. Uma forma de aprendizado lúdico virtual.

Mas, infelizmente, nem tudo são flores. Mediante a essa nova modalidade de convivência; para a futurista, palestrante e escritora, Martha Gabriel; algo vem ascendendo preocupação: “...as interrupções tecnológicas nas interações pais-filhos (conhecidas como technoference) podem estar associadas com uma grande incidência de mau comportamento por parte das crianças.”.


Soa como se houvesse um curto-circuito, através da interferência tecnológica (technoference), na relação pai-filho. Quem nunca soube de crianças fazendo birras em shoppings, respondendo aos pais,... Apesar de que não é uma prerrogativa, apenas, dos filhos. Pais, responsáveis, ou cuidadores dos infantes, também vêm sendo influenciados pelos maus hábitos do mundo tecnológico. Estendendo, inclusive, para dificuldades de relacionamentos matrimoniais, laborais, dentre tantas outras situações.

Entretanto, conjugar relação de vida afetiva (através dos entes queridos), com o mundo tecnológico, vem trazendo sequelas para vida humana: a interação passa não mais existir. Trazendo grandes consequências de relacionamentos – seja de pai para filho, ou vice-versa; seja em qualquer outra relação. A humanidade está em processo de dissipação afetiva.

Por fim, caro leitor, eis a questão! Como anda sua relação com as pessoas? Afetuosa, com atenção, interagindo com o próximo? Ou através da technoference (tecnologia + interferência)? Ou através da e-con/vivência (viver com as pessoas através dos meios eletrônicos)?

A pandemia do rompimento
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