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  • Foto do escritorGustavo Figueirêdo, psicólogo clínico

Aqui os (des)umanos fazem, aqui os humanos pagam


Acredito que já tenhas ouvido falar na expressão: Aqui os (des)umanos fazem, aqui os humanos pagam. Eita, perdão! O correto é: Aqui se faz, aqui se paga. Pois bem. O que essa locução tem a ver, com o documentário tão falado, ultimamente? - O dilema das redes. Dilema quer dizer: “Circunstância árdua e de difícil resolução em que é necessário escolher entre duas opções contraditórias, contrárias ou insatisfatórias; escolha excessivamente difícil.”. Justamente! “...escolha excessivamente difícil.”.


A humanidade está num período da vida, ofertada pelas parafernálias (celular, notebook, computador, tablet,...), onde vem imersa às redes sociais. Só lembrando; sociedade essa, virtual; e não real. E diante deste meio, temos que optar entre viver e ser vivido. Sabemos que o avanço tecnológico tem o seu lado positivo. Por exemplo, nesse período de isolamento social, onde os membros familiares, amigos e conhecidos ficaram longe uns dos outros; através da tecnologia puderam se comunicar, ou confraternizar por videoconferências como se fossem em condições reais.


Mas o que essa produção artística vem nos alertar é que estamos sendo vividos sem privacidade e adoecendo emocionalmente. Porque passamos ficar reféns das redes sociais e das plataformas (Google, Facebook,...) que o mundo virtual nos oferece. Chamando atenção pelas manipulações dos dados e a falta de mais nenhuma privacidade que nós internautas temos. Colocando-nos numa condição de cativeiro virtual. Aí está o x da questão, ou dilema: optamos viver através do nosso ser ou pelos cativeiros virtuais?


Certamente que não temos muito a fazer, quando se trata ao ingresso do mundo virtual, no tocante às manipulações dos dados. Prerrogativa dos (des)umanos virtuais, ou aos que manipulam as plataformas. Mas, sobre as dependências às redes virtuais; aí sim, podemos ser dignos de não ficarmos inerentes. Será que não caberia apertarmos o botão “reset” da nossa vida? Para redefinirmos o que mais temos de preciosa – a nossa essência.


Para isso teremos que vivenciar mais retiros. Ou seja, teremos que não ficar, em certa constância, em contato ao mundo virtual; se retirando do mesmo, em destino ao nosso ser. Passando a nos conhecermos mais e retificar aquilo que venha ser preciso, mediante a nossa singularidade. Diante desse propósito, possivelmente, passaremos a não ficar mais reféns das redes sociais, permitindo-nos a usufruí-las de uma forma mais saudável.


Por fim, caro leitor, eis a questão! Que saudade da época dos nossos avós ou bisavós, onde as redes sociais eram comungadas mediante as cadeiras prostradas nas calçadas. E, detalhe: a essas redes eram reais, e não virtuais.

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