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Foto do escritorGustavo Figueirêdo, psicólogo clínico

A sabedoria no cotidiano


Assim como explana o título – A sabedoria no cotidiano – e não do cotidiano. Ou seja, a sabedoria no dia a dia; e não, do dia a dia. Como anda a sabedoria no meu dia a dia, no seu dia a dia, ou no dia a dia de fulano ou sicrano? Mas, o que é sabedoria? “qualidade, caráter de quem ou do que é sábio.”. Isso! “... de quem ou do que é sábio.”. Sábio! O que é isto? “... aquele que age ou fala em conformidade com a razão e a moral, com prudência e experiência de vida; sensato, equilibrado.”.


Será que no mundo, particularmente no Brasil, vem crescendo o número de pessoas sábias? Ou não? Como ser sábio no país mais ansioso do mundo? Onde o uso de ansiolíticos, antidepressivos e remédios para insônia vêm numa crescente de cento e treze por cento a mais. Detalhe! Muita gente buscando pela via da automedicação. Grande perigo! O uso adequado de medicamento deve ser administrado pelo profissional competente. Neste caso: o psiquiatra.


Sabemos que devem ser respeitadas as sequelas promovidas pela pandemia, no tocante ao sofrimento mental de muitos seres humanos e famílias. Mas, como andam as ações em conformidades com as nossas razões e morais no dia a dia? Sensatas? Equilibradas? “A Sabedoria não entra numa alma que trama o mal nem mora num corpo sujeito ao pecado.” (Sb 1,4) Tantos males vêm sendo tramados em diversas instituições: na família, no trabalho, na política,... Na nossa própria vida pessoal. Muito triste!!!


Certo dia, foi veiculada uma matéria, falando de pessoas que tinham falsas comorbidades, para terem acesso a vacina da covid-19; antes de chegar a vez, por idade, para fazer uso da mesma. É até “compreensível”. Isso! Compreensível com aspas. O desespero, o medo de morrer bate na porta sentimental da pessoa; onde a mesma acaba furando a fila. Compreende porque o Brasil é o país mais ansioso do mundo?

Meu Deus! A que ponto chegamos. O indivíduo burla para ter acesso mais rápido a vacina, se autoenganando e enganando os outros. O médico prescreve um laudo de uma suposta doença, sem ser. Aonde iremos chegar? Cabe a mim e a você mudarmos essa história de vida e de ser. Podemos acrescentar, no cotidiano, a sabedoria. Uma coisa é certa: ganham todos. E não mais aqueles que se classificam como “sábios” ou espertos.


Certa vez, uma pessoa partilhava, um mal, que um conhecido tinha cometido. Ela o denominou, por conta da atitude errada, de: alma sebosa. A expressão me chamou atenção. Achei muito forte e negativa.


Por fim, caro leitor, eis a questão! Você se classifica uma pessoa de alma sábia ou sebosa? Caso seja sebosa, o que esteja faltando para mudar? Uma coisa é certa: só depende, única e exclusivamente, de você.

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