Carl Rogers! Quem é esse? Será que é, ou foi, um parlamentar? Um deputado? Ou um vereador, prefeito,...? Na verdade, Rogers foi um psicólogo humanista norte-americano, falecido na década de oitenta. Foi o precursor da Abordagem Centrada na Pessoa, onde através da mesma, realizou três facilitações básicas para as escutas psicoterapêuticas: a empatia, a congruência e a consideração positiva incondicional. Também foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz.
O que venha ser, o que denomino, a CPI de Carl Rogers? Consideração Positiva Incondicional (CPI) era uma das facilitações básicas de escuta psicoterapêutica, utilizada e ensinada, por Rogers, como acolhimento ao outro. Ele dizia que devemos, independentemente de quaisquer condições, considerar o outro positivamente. Mesmo sabendo quando o relato ou as atitudes do outro não estejam de acordo com as normativas éticas da conduta humana. Para ele, os relatos e as atitudes, são do outro. Interessante, que ele dizia que essas facilitações básicas poderiam ser utilizadas no dia a dia, na convivência com as pessoas. Não restringindo apenas às consultas psicoterapêuticas. Haja vista, através do jeito de ser dele, assim o era. Por conta disso que, certamente, tenha sido indicado, também, para o Prêmio Nobel da Paz.
Segundo, o filósofo sul-coreano Byung-Chul Hang, no seu livro – Sociedade do Cansaço – relata que: “O político enquanto homem livre precisa agir, ele deve produzir belos atos, belas formas de vida, para além daquilo que se faz necessário e útil à vida. Deve, por exemplo, modificar a sociedade, no sentido de possibilitar um incremento de justiça, um aumento de felicidade. Agir político significa fazer com que surja algo totalmente novo, ou o nascimento de uma situação social nova. O argumento muito conhecido, segundo o qual não há outra alternativa, nada mais significa que o fim da política. Hoje, os políticos trabalham muito, mas não agem.”.
Isso! De acordo com os noticiários, transmitidos dia e noite, e todos os dias; assim como, testemunhados por muitos cidadãos: “... os políticos trabalham muito, mas não agem.”. Basta ver, as condições de vários segmentos ofertados à população: saúde, educação,... Diante de tudo isso, acrescentando mais um obstáculo, para o bem-estar populacional: a politicagem. A pandemia que nos diga!
No entanto, em se tratando de administração pública, será que a sigla deveria ser CPI, assim como a rogeriana? Ou deveria ser DPI: (Des)consideração Positiva Incondicional?
Por fim, caro leitor, eis a questão! Que tipo de CPI que gostarias de usufruir? A que proporciona à possibilidade do Prêmio Nobel da Paz? Ou que as normativas éticas não estejam de acordo com as condutas humanas?
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