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  • Gustavo Figueirêdo, psicólogo clínico

A (de)pressão governamental


No pretérito recente um ex-parlamentar pronunciava - “Vamos deixar o Bolsonaro sentar na cadeira: ela queima.”. Todavia, não fazendo colocações precipitadas, por não me achar com competências para, e por não ser da área das ciências políticas; parece-me que o governo vem convivendo com pressões de um lado, e desgoverno do outro. Portanto, venho por meio deste, discorrer sobre outra qualidade de (de)pressão governamental.


Governamental, também, significa: “Relacionado com o ato de governar, de guiar, orientar.”. Entretanto, como vem sendo, o teu, desenrolar dos atos de aspiração de vida? Como vem governando ou guiando a tua qualidade de vida? Numa sociedade onde o índice de depressão vem aumentando cada vez mais. Mediante pressão ou sem pressão?


Segundo, o psiquiatra norte-americano David D. Burns, pontua no seu livro - Antidepressão: a revolucionária terapia do bem-estar – “Na verdade, a grande maioria das pessoas com depressão são muito amadas, mas isso não ajuda em nada porque estão faltando amor-próprio e autoestima. No fim das contas, só o valor que você dá a si mesmo determina o modo como se sente.”.


Como assim!? Como interpretar - amor-próprio ou valor que você dá a si mesmo, assim como, autoestima - a uma pessoa num quadro depressivo? Seja a depressão classificada como endógena, seja ela situacional. Esta última caracterizada por situações existenciais, como: desemprego, perda de entes queridos, estresse da correria nas grandes cidades,...


O Burns relata que uma condição bem presente nos portadores de depressão são os pensamentos negativos. Onde ele classifica até como sintoma. Haja vista, concordo! Somos inseridos numa cultura onde, inconscientemente ou automaticamente, absorvemos contextos e costumes que alimentam aos pensamentos negativos.


Contudo, será que se lapidarmos o nosso amor-próprio saberemos lhe dar melhor com os nossos pensamentos? O que seria, e como adquirir esse amor-próprio? Essa qualidade de amor transpassa pela a forma como a pessoa se valoriza. Mas como assim? Num mundo onde - a estética, o ter - vêm falando mais alto. Certamente estejamos precisando aguarmos mais a essência do nosso ser. Alimentando com crenças mais assertivas ao nosso bem-estar. Ao ensejo desta prática, possivelmente, ingressaremos ao que costumo chamar de: efeito bumerangue.


A qualidade do amor que o outro poderá nos proporcionar, assim como relata Burns, será da ordem suprema, caso seja semelhante ao amor que tivermos em nós. A isto eu chamo de efeito bumerangue. Ou seja, assim como o bumerangue inicia e finaliza, o seu percurso, na mão de quem o lança; assim será o amor construído por nós que transitará no outro e será ofertado a nós. Enfim, o mundo é como nós estamos.


Por fim, caro leitor, eis a questão! Como vem sendo a governança do teu amor-próprio? Através do efeito bumerangue, ou através do que o mundo poderá te proporcionar?


A (de)pressão governamental



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