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  • Foto do escritorGustavo Figueirêdo, psicólogo clínico

Janeiros das convicções

Convicção é a “crença ou opinião firme a respeito de algo, com base em provas ou razões íntimas, ou como resultado da influência ou persuasão de outrem; convencimento.”. Isto mesmo! É a “crença ou opinião firme a respeito de algo...”. Acredito que não seja novidade para ninguém.


No entanto, janeiro é o mês onde se realiza a Campanha de Conscientização Sobre a Saúde Mental – Janeiro Branco. Por que janeiro? Por que branco? Janeiro, por iniciarmos um novo ciclo ou período anual. E branco, equivalendo a uma folha em branco, onde nela possamos discorrer todos os nossos desejos e realizações para serem executadas no transcorrer do ano. Ou seja, o nosso planejamento. Mas, como termos opiniões firmes a nosso respeito se não estamos, muitas vezes, conectados conosco mesmos? Nada que a letra da música: Cabelo enroladinho, estilo Ronaldinho... para nos confirmarmos esta desconexão.


Como achássemos pouco, o lema da campanha diz – “O mundo pede saúde mental!”. Peçamos! Mas, soa como, sempre, terceiros tenham que fazer por nós. Eu e você, o que estamos fazendo pela saúde mental mundial? Num mundo onde não respeitamos mais os outros. O mundo virtual que nos diga! Segundo a futurista, palestrante e escritora, Martha Gabriel, explana no seu livro – Você, eu e os robôs: como se transformar no profissional digital do futuro – A vida virtual nos dar poder e liberdade, mas se não estiver temperada com ética, a humanidade irá de água abaixo.


Para o doutor em educação, Ilan Brenman, hoje em dia, vivemos uma – Sociedade Beija-Flor – bela por fora e inquieta por dentro. Ora! Como sermos convictos das nossas necessidades afetivas, senão comungamos mais da ética, e somos agitados internamente? Com o avanço dos trabalhos e aulas remotas foi muito comum relatos de professores, os quais ficavam até altas horas da madrugada, preparando material de ensino; dizerem que muitos alunos, nem sequer, ligavam as câmeras para assistirem às aulas. Não sei se sabem, mas este tipo de comportamento com o profissional, neste caso o professor, poderá levá-lo a adquirir a síndrome de burnout, popularmente conhecida como a doença do trabalhador. Que é o esgotamento emocional, ou mental, da função realizada.


A síndrome de burnout se tornou algo tão recorrente na vida dos trabalhadores através, inclusive, de assédios morais (falta de ética) dentro das instituições; que a mesma passou a fazer parte da nova edição da classificação internacional de doença (CID-11); que entrou em vigor este ano.


Por fim, caro leitor, eis a questão! Você se considera uma pessoa sem ética? Uma pessoa inquieta? Ou uma pessoa convicta?

A pandemia do rompimento
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