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Gustavo Figueirêdo, psicólogo clínico

Viver e não ter a vergonha de ser feliz


Às vésperas do carnaval, lembrei-me da letra da música de Gonzaguinha - O que é o que é? – onde tem um trecho que diz: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz... e a vida e a vida o que é? diga lá, meu irmão ela é a batida de um coração ela é uma doce ilusão...”. Entretanto, para você, o que é a vida?


Não é frevando, nem sambando, nem..., que gostarei de discorrer a respeito da composição deste artigo. O ritmo que tentarei articular será pela saúde mental. Minha, sua e nossa. No entanto, o que é a vida? Diga lá, meu irmão... Eita! Não precisa dizer para mim, apenas para você. Como sermos felizes, não tendo a vergonha, num país onde o índice das doenças da alma vem se alastrando cada vez mais? Mediante esta realidade, será que a busca pela felicidade, desta forma, seja plena? Ou fictícia?


Segundo Roberto Crema, psicólogo humanista, orienta que: “Plena atenção é a arte de morrer a cada instante para poder recriar a si mesmo e a realidade.”. Como re/criarmos estando muitas vezes no passado através das depressões? A criação terá que ser no aqui e agora, ou seja, no presente. Quando não conseguimos, sozinhos, enterrarmos as coisas que ainda comungamos do pretérito; impedindo de colocarmos, no lugar, a plena atenção que Crema sinaliza; por que não buscarmos ajuda para os devidos sepultamentos sentimentais?


“O terapeuta é aquele que lhe dá a mão, de alguma forma dizendo: Eu não posso lhe salvar, porém eu posso caminhar ao seu lado. Confio que você não perderá os verdadeiros amigos, porque as verdadeiras amizades nós jamais perdemos. Nós só perdemos as ilusões.” – pontua, ainda, Crema.


Haja vista, sabemos que muitas enfermidades sentimentais, o sujeito não as têm porque quer, e sim porque a genética lhe oferece. Mas sabemos também que muitas questões sentimentais poderiam ser evitadas caso o indivíduo optasse em aspirar à vida de uma forma mais digna, principalmente consigo mesmo. A isto, cabe ao mesmo saber introduzir por, com e em si; a - plena atenção – sinalizada anteriormente como: melodia de vida.


Por fim, caro leitor, eis a questão! Como vens buscando a felicidade? Em plenitude? Ou pelas vias da ficção?

Viver e não ter a vergonha de ser feliz



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