Estamos mediante o mês onde é realizada a Campanha de Conscientização sobre Prevenção ao Suicídio – Setembro Amarelo. A escolha pela cor amarela é oriunda após um garoto norte-americano de dezessete anos ter cometido suicídio num mustang amarelo na década de noventa. Esse rapaz era reconhecido pelos colegas como uma pessoa alegre. Neste sentido, segundo as pesquisas, noventa por cento dos casos de suicídios podem ser evitados caso sejam dadas oportunidades às pessoas de serem escutadas das suas aflições.
Haja vista, sejam entes queridos, amigos ou conhecidos são dados motivos de acolhimentos aos que necessitam de serem ouvidos? Esperança quer dizer: “sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; confiança em coisa boa; fé.”. É verdade aos que pensam na retirada da vida, não é a ela que queiram eliminar; e sim, na extinção das dores emocionais. Ocasionados por des/esperanças ou desesperos. Entretanto, muitos dos que são acolhidos pelas vias da compreensão, mudam de ideia a posteriori. Passando ter experiências por sentimentos de confiança em coisas boas, e voltando ir em busca dos seus desejos.
De acordo com Esther Carrenho, psicóloga, explana no seu livro – Depressão: tem luz no fim do túnel – “São muitas as pessoas que, diante da imaturidade emocional ou de um autoconceito diminuído, apresentam uma apatia pela vida. Essas pessoas não precisam de mais censura, muito menos de recriminação; o que mais precisam é de alguém que possa acreditar no potencial e na autoconfiança nunca desenvolvidos, que caminhe com elas até que possam levar a vida com responsabilidade, entendendo que todo privilégio e toda oportunidade têm um preço a ser pago.”.
Não obstante, as “demonstrações” à apatia pela vida podem ser realizadas de várias formas. Na verdade, substituídas por lacunas afetivas construídas no decorrer da existência. Nos jovens, demonstradas pelos vícios dos jogos eletrônicos; nos seres humanos, em geral, orquestradas pelas curtidas e seguidores virtuais; dentre outras. Não sendo diferente, nesse período de pandemia, onde várias pessoas perderam seus empregos e seus entes queridos.
É verdade, com o avanço do mundo virtual, hoje em dia, passamos estar on-line virtualmente e off-line realmente; segundo Adriano Gonçalves fala no seu livro: Nasci pra dar certo!. Levando nos distanciarmos cada vez mais uns dos outros. Construindo como consequência, não mais, uma presença afetiva e efetiva entre as pessoas. E sim, uma aparição fictícia. Será que não seja uma realidade velada, também, de “suicídio” ou de desaparecimento, dentre as con/vivências humanas?
Por fim, caro leitor, eis a questão! Eu não me vejo no rol das estatísticas pela possibilidade ao suicídio. E você? Caso também não, como fazer, como colaborador, para acolher aos que necessitam resgatar as suas potencialidades e as autoconfianças?

Comentarios