É sabido que, na pandemia, no período do isolamento social, o índice de divórcio ficou bem expressivo. No entanto, nos últimos tempos, a quantidade de queixas que vem chegando ao consultório; em se tratando de desarmonia familiar; é muito, mas muito grande. O que anda acontecendo? Motivos multifatoriais. Haja vista, existe um específico: estilo de vida que as pessoas estão optando em adquirir.
Harmonia, também, significa: “Combinação de elementos ligados por uma relação de pertinência, que produz uma sensação agradável e de prazer.”. Ora! Por conta do estilo de vida que as pessoas estão adquirindo; muitas vezes, repleta de muita correria, para assumir os afazeres diários; a relação de pertencimento, nos lares, passa a não existir; ou vem ficando na modalidade obscura. Ocasionando seríssimas consequências.
Diversos outros fatores, fora a vida corrida, como: poder de aquisição financeira menor; o mundo virtual, através das redes sociais, inseridas nos lares; assim como tantos outros motivos; vêm levando os entes queridos não conseguindo produzir uma sensação agradável e de prazer, nas dependências domésticas.
O ruim, principalmente, para quem têm filhos em desenvolvimento, poderá deixar sequelas nada agradáveis. Haja vista, o índice de suicídio na juventude, não vem sendo nada saudável. Por onde andam, de fato, seus responsáveis? Segundo; o respeitado e querido; psicólogo, palestrante e escritor; Dr. Luiz Schettini Filho, discorre no seu livro – Amor perdido de amor: las relaciones afectivas em la família – “temos observado a preocupação de muitos adultos, em buscar conhecimentos, para organizar uma família harmoniosa; criando e educando seus filhos com sabedoria; mas, sem incluir, no lar, uma relação de amor, como primeira atitude.”.
Acredito que muitos já devem, não só ter ouvido; assim como, terem proclamado: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.”. Ora! Como exalar harmonia ou amor, em um ambiente domiciliar; onde, do contrário, não conseguimos deixar, em comunhão, os nossos atos e as nossas atitudes?
A isso, é comum ser percebido, por exemplo, em grupos de whatsapps de pais de escolas, a necessidade de demonstrar que o filho(a) é uma criança exemplar. Onde muitas vezes, os criadores, estacionam, na presença dos filhos(as), em lugares proibidos; transportam seus infantes, muitas vezes, infringindo o Código de Trânsito; assim como, buscam burlar, quantas vezes forem oportunas, na presença dos mesmos. Não pensem que as crianças não percebem, ou absorvem, os comportamentos dos pais, ou criadores, não; porque adquirem, sim. Freud, já dizia: “A criança é o pai do homem.”. Pergunto: Como vem sendo a busca de conhecimentos, no dia a dia, tão bem explanada por Dr. Luiz Schettini, para almejar a harmonia familiar, através de nós pais? Como!?
Não obstante, será com o estilo de vida frenético que, optamos em exercer, conseguimos, pôr em prática, como primeira atitude, a relação de amor nos nossos lares? Será? É importante ficar claro que, não é para visualizar culpas; e sim – o aprimoramento da sabedoria – tão bem pontuado por Dr. Luiz Schettini.
Por fim, caro leitor, eis a questão! Harmonia familiar: como está a sua? Harmoniosa? Ou, em desarmonia? Caso esteja, em desarmonia, o que você precisa fazer para mudar? Reforço: O que – você – precisa fazer; e não o seu ente querido. Porque, muitas vezes, gostamos muito de terceirizar; achando que – só – o outro precisa mudar.
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