Acredito que já tenhas ouvido falar na expressão: cada cabeça é um mundo. Pois bem! Diante da diversidade de ser da nossa população, certamente não vem sendo fácil orquestrar o empenho da sociedade para o combate ao vírus. Muitos vêm se comportando do seu jeito, descompassando com que diz o protocolo. Mas, na verdade, não é bem sobre isto que venho discorrer.
Venho alertar sobre o comportamento da sociedade pós-moderna. É uma sociedade que não para. Passou a se tornar escravo do seu ser. Estamos em constantes afazeres. Segundo, Byung-Chul Han, filósofo sul-coreano, denomina no seu livro – Sociedade do Cansaço – sobre: a sociedade de desempenho. Estamos em incessantes atividades, onde o tempo e a atenção, muitas vezes, estão desconectados da nossa vida. Não obstante, é comum, por exemplo, ser percebido no trânsito, as pessoas realizando a refeição matinal; assim como, se maquiando no translado ao destino. Parece-me que estamos sempre atrasados.
Possivelmente, optar viver assim, colabora para sermos o país mais ansioso do mundo, e o mais depressivo da America Latina. Ansiedade; depressão; síndrome de burnout (doença do trabalhador), onde esta última estimulada pelo o stress laboral; dentre outras; são enfermidades que vêm sendo oferecidas e adquiridas no mundo contemporâneo. Segundo Han: “O excesso da elevação do desempenho leva a um infarto da alma.”. Haja vista, simbolicamente e fazendo uma analogia, não é à toa que muita gente vem adquirindo problema no coração. O corpo falando!
Optarmos aspirar em desempenhar a vida assim – enfartando a alma – nos impede, no compasso do tempo, e na acuidade da atenção, de contemplarmos as coisas belas que estejam ao nosso redor. Assim sendo, é comum buscar a atividade física, não em prol da saúde; e sim, para cultuar o corpo. Levando muitos a edificar, como desempenho, um cativeiro para própria vida.
No labor, como patrão do próprio ser, geralmente os trabalhadores destinam para o encaminhamento do esgotamento físico e emocional. Querendo ter, como demonstração e cobrança a si próprio, o desempenho mais apurado do que uma vida computadorizada.
No entanto, como vens percebendo o desempenho dos seus afazeres no dia a dia? Na iminência do adoecimento ou mortificação da alma? Ou em comunhão ao seu bem-estar? Lembre-se! Em comunhão ao seu bem-estar, permite a você, a viver no aqui e agora. Dando-lhe oportunidade de desfrutar de cada momento da vida. E sendo permitido de olhar para ela, assim como ela deve ser olhada. Através da contemplação. Contemplação! O que é isto?: “ato de concentrar longamente a vista, a atenção em algo.”.
Por fim, caro leitor, eis a questão! Em um adoecimento e perecimento da alma, ou em uma vida contemplativa; em que tipo de sociedade pretende estar? Em uma sociedade que o oferte o excesso da elevação do desempenho? Ou...
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