Recentemente o Conselho Nacional de Oftalmologia divulgou dados, onde no segundo trimestre de dois mil e vinte e um, aqui no Brasil, os números de casos de miopia aumentaram muito em jovens até dezenove anos de idade. Consequência do excesso de telas decorrente da pandemia. Aulas online, entretenimentos,... foram fatores contribuintes. Enfim, passamos, em média, dez horas e meia na frente de uma tela, segundo pesquisas.
Mas, venho discorrer, sobre outra modalidade de miopia, que vem afetando o comportamento humano. Miopia, no seu sentido figurado, quer dizer: “pouca ou nenhuma perspicácia para perceber e entender as coisas.” Isso! “... para perceber e entender as coisas.” Como vem sendo o nosso grau de percepção ou acuidade perante vários aspectos da nossa vida? Aos filhos, à gestão pública, ao tratar o próximo,...
Certa vez, lia um livro, onde o autor dizia que, hoje em dia, estamos: “online virtualmente, e off-line realmente”. Por conta desta nova realidade de vivermos off-line realmente, para muitos aspectos da nossa vida, que as (des)graças no mundo virtual vêm, cada vez mais, multiplicando-se. Onde, muitos filhos, sendo vítimas de comportamentos criminosos pelo mundo virtual. De vários, existe o cyberbullying, onde recentemente um jovem de dezesseis anos tirou a sua própria vida decorrente do bullying virtual.
Enquanto cidadãos, pagadores de múltiplos impostos, como percebemos e cobramos a devolução, mediante aos gestores públicos, para o melhor bem-estar da nossa Nação? Estamos diante de tantos sucateamentos, onde sabemos que não vem de agora; e sim, de gestões pretéritas. Seja na saúde, seja na educação, ou de outras formas. Triste!!! Muito triste tudo isso. Sermos “dignos” de ter que vivermos assim. Num país tão rico! Enquanto isso, segundo a mídia, a verba pública sendo utilizada de maneira não fidedigna. Aonde iremos chegar? De fato não sei.
Diante de tudo isso, a sociedade, seja no meio familiar, seja civicamente, cada vez mais ficando rancorosa. Situação esta que, muitas vezes, não estamos conseguindo nos dirigir ao próximo de forma adequada. Vários fatores colaborativos que vêm levando a isso: um deles é a dificuldade de se manter financeiramente. Aí acaba descarregando no próximo. Demanda que vem aumentando em consultório. Enfim vivemos em um mundo capitalista. E para quem opta pelo ter ao ser, o sofrimento fica adicionado.
O livro citado acima é: Nasci pra dar certo!, de Adriano Gonçalves. Por fim, caro leitor, eis a questão! Tu nasceste para dar certo? Ou nasceste para viver off-line realmente? Cabe uma reflexão?
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