Certamente, só será entendido o que for discorrido aqui, quem tiver aos seus cuidados, neste período de isolamento social, o pai do homem. Ao contrário, imaginarão. Mas, como assim, o pai do homem? Quem tiver que cuidar, dar assistência, ao pai do homem. Assim retratava Freud às crianças. Ele definia as crianças como sendo: o pai do homem.
Nesta época, vem sendo frequente, pais que têm filhos pequenos relatarem que os infantes vêm dando muito trabalho. Natural da idade! Período onde sabemos que a energia humana transborda de consumo. Fase onde o lúdico ou as brincadeiras reinam nas imaginações dos parques mentais.
Entretanto, mediante as peripécias dos filhos, muitos pais vêm estando com discursos, tipo: “cuidado para não se machucar!”; “eu já falei!”; “pare com isso!”;... Somadas as tantas outras falas de cuidados. Mas, assim como São Tomé, são as crianças. Tem que acontecer algo; neste caso, uma queda, por exemplo, para acreditar ou para obedecer.
Segundo, a Sagrada Escritura, explana: “Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: ‘Vimos o Senhor!’ Mas Tomé disse-lhes: ‘Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei’”. (Jo 20, 24-25)
Deste modo, são os entes queridos, muitas vezes. Para adquirir obediência ou para acreditar quando são chamados à atenção têm que se deparar com as “marcas” ou machucões, diante das quedas realizadas, para crerem.
Mas, o que fazer quando essas marcas não estiverem a olhos vistos, para que o pai do homem (ou a criança) possa atender às solicitações? Possivelmente não vem sendo fácil, mas assim como nos aliamos ao isolamento social; aos genitores, certamente, terão que se aliar à paciência e, primordialmente, ao diálogo.
É sabido que só conseguimos oferecer algo, ao outro, quando temos. Neste período de “clausura”, você vem tendo paciência consigo? Vem dialogando com você mesmo? Acredito que nem em todo momento; mediante a experiência, nova e demorada, de isolamento.
Por fim, se for dada oportunidade à paciência e ao diálogo, possivelmente, as famílias sairão do período de “clausura” (ou isolamento) mais santificadas.