Cultivar é uma expressão oriunda do latim medieval que, também, quer dizer: “educar(-se), formar(-se), aperfeiçoar(-se).”. Medieval soa como algo velho, antigo,... É sabido que na velhice - a sabedoria - por conta da experiência de vida, faz parte. Infelizmente, não podemos dizer o mesmo para as condutas morais atuais. Por quê?
Ultimamente, o que se vê pregando por diversos seres humanos, no dia a dia, é a conduta da vantagem ilícita. Cada vez mais vem sendo observado como as pessoas tentam adquirir vantagens, passando a perna nos outros, sem nenhum pudor. A primeira sociedade que ingressamos ao nascer, independente do modelo que o mundo atual defina, chama-se: família.
Pelos preceitos psicanalíticos, a função paterna, no seio familiar, é para a construção moral dos seus. Mas como pensar nisto, numa sociedade pós-moderna, onde o índice de pais separados ou ausentes é realidade? Deixando essa função, muitas vezes, a cargo da mãe. Mas, o que esta realidade tem a ver com a conduta moral no âmbito social?
Os pais estão para os filhos, assim como, o governo está para a sociedade. A função da autoridade constituída policial; seja da esfera: executiva, parlamentar ou judiciária; equivale, na visão psicanalítica, a mesma exercida na função paterna. Ou seja, punir, educar,... Haja vista, a demonstração pelos veículos midiáticos, das atuações desses agentes de polícia, vem sendo uma constância. Certamente, decorrente de indícios de condutas morais fragmentadas.
O interessante é que esses dirigentes públicos, assim como, os cidadãos comuns tiveram como construção moral endereçado, um dia, em terrenos familiares nucleares. É fato que só devemos oferecer ao outro somente o que temos. Se a edificação moral tiver sido bem elaborada, consequentemente, o que será oferecido é uma conduta moral ímpar. Do contrário, a desmoralização democratiza.
Por fim, caro leitor, eis a questão! Como vem sendo o cultivo da tua conduta moral na atualidade? De forma vívida ou falecida?