Gustavo Figueirêdo, psicólogo clínico

8 de nov de 20162 min

Setembro Amarelo

O mês de setembro vem sendo designado para campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Mal que a cada dia vem se alastrando no Brasil e no mundo. No Brasil, em média de trinta e duas pessoas cometem o suicídio, por dia. Número alarmante, não é!?

No entanto, caro leitor, da importância preventiva do suicídio tradicional; venho por meio desta, discorrer, também, a respeito das práticas dos suicídios pseudo físicos. São aquelas, as quais, o indivíduo comete, sem necessariamente haver o falecimento corporal. Dentre as demais, venho, particularmente, pontuar sobre o suicídio moral.

Entre as diversas definições que a palavra moral poderá nos oferecer, uma delas é: “Pertencente ao domínio do espírito do homem”. Dominarmos o nosso ser, através dos nossos atos e atitudes, em condutas diversas; é algo que certamente venha em extinção.

Segundo Hannah Arendt, filósofa alemã, cita em seu livro, A Condição Humana, o falecimento moral. É a perda do domínio das condutas humanas. No mundo Pós-Moderno, onde tudo é para ontem, e legal é aquele que ganha vantagem de alguma forma; a dignidade moral passa a não ter mais voz e nem reconhecimento.

Certamente, uma maneira para aqueles que tenham optado à prática de sua destruição moral, através dos seus atos e atitudes patéticos, destinando sequelas negativas as pessoas e a si; nada sublime do que a ressurreição moral.

Res-surgir é dar a oportunidade de aparecer novamente. Neste contexto é a possibilidade, através de uma auto-observação, de oferecer limpidamente, a si, o resgate de uma moral sadia, diante dos atos e atitudes no cotidiano. Para isto, nada melhor que reconhecermos os ingredientes psíquicos (egoísmo, inveja, ganância,...), que nos impeça de dominarmos o nosso ser (ou espírito) suavemente.

No demais, como anda a nossa dinâmica moral cotidiana? Vívida ou falecida?

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